O design está em todo lugar

Aqui no Bemdito, todo mês vou trazer algo do pensamento e da prática do design, desmistificando conceitos, apresentando projetos e mostrando exemplos do dia a dia

Juliana Lotif
julianalotif@gmail.com

Fazer design ou, de forma mais técnica, desenvolver projetos em design, envolve muito mais que definir o que nos chama atenção à primeira vista, como as cores, a tipografia e os materiais. Vai bem além daquele pedido para o designer deixar qualquer coisa com uma “carinha mais bonita”, usando como prazo o famoso “pra ontem” ou “isso é rapidinho de fazer”.

Você provavelmente já viu empresas e profissionais que fazem interfaces, marcas, games, roupas ou já olhou alguma jóia, móvel, cartaz e achou interessante, bonito, útil ou criativo. E até pode ter dito alguma das frases clássicas “por que eu não tive essa ideia?” ou “que simples! essa até eu podia ter feito”.

Para criar através dos métodos de projeto em design, é necessário investigar, o que tem início no contato com o cliente, e definir o problema a ser resolvido. Em seguida, vem a geração de ideias e por fim a forma gráfica. Tudo isso por meio de pesquisa, avaliação, validação e otimização das etapas e resultados. Só assim é possível criar soluções inovadoras para os problemas apontados pelos clientes.

Quando se fala em design gráfico, como no caso das marcas, das sinalizações, dos projetos gráficos de livros ou revistas, das embalagens, por exemplo, é comum esses projetos demorarem meses e envolverem equipes multidisciplinares em sua realização. Tudo isso para que consigam atingir seus objetivos junto ao público e exerçam sua função principal que é comunicar.

O profissional de design, chamado de designer, fica em um lugar de mediação entre sua competência técnica, o desejo do cliente que o contrata e a necessidade informacional do usuário para gerar artefatos que possuem ao mesmo tempo elementos formais e informacionais.

Então agora antes de vestir uma roupa, pegar no celular, ler um placa, sentar em uma cadeira ou abrir uma embalagem de biscoito você pode lembrar que tudo isso passou pelas mãos de um designer e que passou também por processos de design que construíram a ponte entre o produto e a sua experiência como usuário.

Juliana Lotif é professora de jornalismo e design. Está no Instagram.